Eu trabalho, vivo e respiro prazer. Que baita privilégio! Isso me leva a muitas divagações sobre o prazer e suas nuances. A mais recente é sobre como o prazer é capaz de mover o mundo.
Aprendemos que estamos sempre em busca de um desejo ou fugindo de alguma dor. Quando analiso essa máxima, percebo que a própria fuga da dor é para nos levar de alguma forma à outra polaridade: o prazer. (Estamos falando de marketing e neurociência aqui, ok? na cama, super concordo que dor e prazer podem muito bem andar juntos). Sendo assim, é tudo a mesma coisa.
As pessoas que me procuram estão em busca de prazer. Algumas querem recuperar esse prazer. Outras nem o conhecem, estão sedentas por saber o que é esse tal prazer. Algo muito profundo em nós muda quando descobrimos o verdadeiro prazer. A partir dessa mudança em nós, nós mudamos o mundo. O nosso mundo, pelo menos.
O que torna o prazer tão valioso e belo é que ele é único. Cada pessoa tem a sua própria versão sobre prazer. Cada um tem seus fetiches e desejos particulares. E cada um tem a sua forma de experienciá-los e vivenciá-los.
Eu me encanto com o quanto aprendo sobre prazer todos os dias. Me divirto ao saber os fetiches alheios, os imaginados e os realizados. Me surpreendo ao esbarrar com os meus próprios desejos enquanto escuto, atenta, as fantasias de outrem. Acho uma delícia me deixar levar pela minha pulsão erótica entre quatro paredes (e fora delas também…) Dedico minha vida em incentivar mulheres, principalmente, a fazerem o mesmo.
Sendo o prazer tão amplo, eu não tenho meios de saber qual o montante de dinheiro é destinado a essa grande indústria diariamente. Mesmo assim, em meus devaneios eu me pego por vezes contabilizando números que nem sequer compreendo direito, imaginando o quanto nós, seres humanos, estamos investindo na nossa satisfação.
Eu tenho certeza que investimos muito.
Eu tenho certeza que ainda não investimos o suficiente.
Quantos mares já foram atravessados, quantas estradas percorridas, quantos voos tomados? Quantas ligações realizadas, quantos vídeos gravados, quantas cartas escritas? O quanto já, literalmente, nos movimentamos em busca de prazer?
É por isso que eu afirmo: não é o dinheiro que faz o mundo girar. É o prazer.
E aqui o prazer é todo seu.
Essa reflexão fez sentido por aí? Então que tal compartilhar com alguma amiga que também vai gostar de ler?
Gosta desse tema?
Então vamos aprofundar com leituras prazerosas:
“Eny e o Grande Bordel Brasileiro” conta a história de uma das mais famosas cortesãs do Brasil e como uniu prazer e negócios de uma forma a fazer, se não o mundo, pelo menos boa parte do estado de São Paulo girar. Achei o livro interessantíssimo, principalmente pelo fato de o contexto histórico demonstrar como é muito mais fácil para os homens investirem em prazer.
“Fanny Hill - memórias de uma mulher de prazeres” é um dos clássicos da literatura erótica e eu sou obcecada por esse livro desde a adolescência. Além dos prazeres descritos no livro, como pode imaginar, também conta a história de amor da protagonista e nos faz refletir mais um pouco sobre a influência da busca pelo prazer (até o prazer de ser amado, talvez) na vida dos seres humanos desde sempre.
O “estalo” para escrever:
A música “Pour it up” da Rihanna está nas duas playlists que eu escuto quase que diariamente e logo no começo ela fala a frase “money make the world go round” (o dinheiro faz o mundo girar). Eu sempre concordei com essa frase, mas o dinheiro sem o prazer e a segurança que ele compra não significa nada, no fim das contas.
O que você sentiu ao ler esta reflexão? Deixe um comentário, tô doida pra saber!