Meu melhor amante | conto +18
“Meus amantes preferidos eram aqueles que me davam um tapa na bunda, outro na cara. Os que me pegavam com força e me penetravam sem dó”
Lembra do meu marido patético? Morreu ontem. O que eu fiz? Abri aquela garrafa de Glenfiddich que ele guardava para ocasiões especiais; ele não vai mais precisar dela. E pra mim nunca houve ocasião tão especial. Bebi várias doses, saboreando, de um jeito que nunca bebi na frente dele. Afinal, a esposinha dele, agora uma senhora, nunca pôde beber desse jeito. Coitado, mal sabe ele de todos os líquidos que já desceram por essa garganta.
Eu acredito que meu marido mantinha amantes, impossível alguém passar a vida inteira fazendo só aquele sexo mequetrefe que ele fazia comigo. Ele com certeza nutria muitos pensamentos eróticos embaixo daquele cabelo bem arrumado. Eu era só a esposa, o troféu que ele exibia nas reuniões da alta sociedade, provavelmente ele nem pensava em fazer comigo tais obscenidades. Ah, com certeza ele tinha amantes.
Eu tive a minha cota, pode-se dizer assim. Não só os garotos que paguei, esses nem contam. Eu me refiro aos homens que enxergavam em mim tudo aquilo que meu marido não via. O meu corpo curvilíneo, o rosto bonito, a boca que podia ser usada para muitas coisas além de sorrir… Esses homens apareceram na minha vida.
Eu não tinha o menor interesse em nada do que eles falavam, faziam, me davam. Eu só queria aproveitar cada segundo nos motéis com eles, sendo admirada, tocada, apertada, fodida. Eu gostava do jeito que afundavam a cara nos meus seios, como levavam meus mamilos à boca e os percorriam com a língua.
Os meus preferidos eram os que me pegavam com força, me penetravam sem dó, davam aquele tapa ardido na bunda… às vezes no rosto. Eu sempre gostei de uma brutalidade, você sabe. Acho que estava cansada de ser tratada como se eu fosse frágil. Eu fui muitas coisas, mas nunca frágil. E não me venha com explicações psicológicas, não me interesso por isso.
Hoje eu quero te contar de um dos meus amantes, talvez o melhor. Até hoje.
“ Ele me comeu de pé, eu sentada na pia. Depois voltamos pro jantar como se nada tivesse acontecido “
Ele era amigo do meu marido e frequentava nossa casa, como você pode imaginar. Eu percebia o jeito que ele me comia com os olhos. E eu adorava.
Começamos trocando olhares longos e cheios de segundas intenções. Nos jantares, eu discretamente roçava meu pé na perna dele, subindo para o meio de suas coxas, protegida pela privacidade da toalha de mesa.
Um dia eu estava na cozinha e ele se aproximou por trás, colou o corpo ao meu e eu já senti sua ereção enquanto ele ofegava em meu ouvido dizendo que não aguentava mais minhas provocações, que queria ver do que eu era capaz. Xingou o idiota do meu marido, que não percebia o mulherão que tinha em casa. Ele sim me daria prazer. Eu estiquei o pescoço para ele beijar, me empinei contra ele roçando minha bunda em sua virilha e mandei que me encontrasse no banheiro de hóspedes ao meu sinal.
Durante o jantar, eu pedi licença para resolver algo na cozinha e me ausentei. Depois, ouvi que ele fingiu uma ligação de trabalho e fez o mesmo. Eu o esperei no banheiro, sentada na pia, sem calcinha. Quando ele entrou, veio direto até mim e me agarrou em um beijo repleto de desejo e tesão acumulado. Ele passeava as mãos pelo meu corpo, apertando minha cintura, subindo o meu vestido. Abriu o zíper em minhas costas e abaixou as alças da roupa, expondo meus seios para chupá-los e brincar com eles de todos os jeitos que sempre sonhou.
Eu acariciava seu pau por cima da calça, até que não me aguentei e abri seu zíper. Não tínhamos muito tempo. Ele me ajudou e desceu a calça, eu me coloquei bem na borda da pia e o puxei pra mim. Segurando meus quadris, ele me penetrou com facilidade, de tão molhada que eu estava.
Enquanto ele me comia daquele jeito apressado, eu me masturbava com os dedos em meu clitóris para chegar ao orgasmo junto com ele. A excitação do perigo de sermos pegos era enorme e gozamos rapidamente, permanecendo na mesma posição por um momento até recuperarmos o fôlego.
Ele me beijou, disse que teríamos de repetir a dose. Se arrumou e saiu. Eu me recompus lentamente e voltei pra mesa de jantar. A noite seguiu normalmente. Pelos olhares que trocamos, ficou bem claro que em breve nos encontraríamos com mais tempo.
“Naquele primeiro encontro nós nos tocamos sem pressa. Ele realizou as fantasias que sempre quis fazer comigo”
E não é que marcamos mesmo esse encontro? Pouco tempo depois, em um hotel luxuoso, ele alugou uma suíte e eu disse que viajaria para ver uma amiga. Meu marido nunca desconfiou que eu fosse capaz disso, então não levantei suspeitas. Cheguei antes dele e o esperei nua por baixo do meu penhoar, deitada na cama. Eu me sentia uma atriz em algum filme sobre a alta sociedade.
Quando ele chegou, nos tocamos sem pressa. Em pé, nos beijamos e tirei sua roupa, ele desamarrou meu penhoar e ficamos totalmente nus sentindo nossos corpos. Foram meses de tesão reprimido e nessa noite nós queríamos calma.
Ele me deitou na cama e me beijou na boca enquanto a mão direita segurava minha nuca. Desceu a mão por meu ombro, agarrou um seio e desceu os beijos para o meu pescoço. Mordiscou minha pele devagar. Eu já sentia minha buceta molhando.
Inesperadamente, ele apertou minha cintura com força, me segurou pelo quadril e me puxou para o seu colo, invertendo nossas posições. Sentada nele, me esfreguei em seu pau, deixando-o melado com meu mel. Ele gemeu baixinho, pediu mais. Eu provoquei mais um pouco, levantando o corpo de forma a deixar meus seios na cara dele. Eu queria que ele lambesse, chupasse, mordesse.
Eu não me aguentava mais de vontade de sentar. Posicionei a cabecinha na entrada da minha buceta e desci o quadril, contraindo a xota e engolindo cada centímetro. Ele fechou os olhos, mordeu o lábio e eu sorri de satisfação, maltratando. Comecei a rebolar, segurando as mãos dele acima da cabeça, totalmente dominado por prazer.
Sempre me senti a rainha do mundo sentando desse jeito. Pela expressão em seu rosto e pelo modo que ofegava, ele parecia concordar. Mas não é por isso que ele foi meu preferido...
“Foi naquela noite que descobri que gosto de dupla penetração. E tive o melhor orgasmo da minha vida”
O que me conquistou foi que com ele eu descobri novas sensações.
Enquanto eu sentava no pau dele, rebolando mais lentamente, ele colocou os dedos na entradinha do meu cu e começou a massagear. Eu nunca fui estimulada daquele jeito e achei a sensação tão prazerosa que pedi mais. Ele falou que obedecia, mas só se eu ficasse de quatro. Com um sorrisinho de lado, saí de cima dele e fiquei na minha posição preferida.
Ele começou passando o pau por toda a minha buceta, sem me penetrar. Esfregou a glande no meu clitóris e isso me deixou ainda mais excitada, meu mel escorria. Devagar, ele me penetrou e enquanto metia na minha buceta começou a massagem anal. Surpresa, reparei que ele tirou um lubrificante não sei de onde e lambuzou bem os dedos. Só então começou a me dedar.
Ele me comia sem pressa enquanto enfiava o dedo no meu cu, também bem devagar. Senti uma resistência no começo, mas não chegou a doer. O homem sabia o que estava fazendo, entende? Ele esperava o tempo necessário para o meu corpo acostumar e só então continuava. Foi assim, com ele me fudendo nos dois buracos, que eu percebi que gosto de dupla penetração; fiquei com vontade de experimentar com dois homens, mas isso é conversa pra outra hora.
Ele colocou mais um dedo e, depois que acostumei, aumentou o ritmo. Me comia com mais força agora, me dedava mais rápido, nós dois loucos de tesão vendo a cena pelo espelho. Eu comecei a estimular meu clitóris, sabendo que logo logo ele ia gozar e querendo gozar também. O orgasmo veio e foi intenso, o mais forte que já tive na vida até então. Eu devo ter gritado, me contorcido, tremido inteira, mas sinceramente não lembro. Só me lembro do prazer extremo que senti estimulada de três jeitos ao mesmo tempo.
Se a noite tivesse acabado aí, já seria o melhor sexo da minha vida. Mas nós fizemos mais e eu descobri muito sobre mim naquela noite.
Ele disse que às vezes nos libertamos quando estamos presos e que o prazer pode surgir da dor”
Eu nunca havia experimentado nada do universo BDSM, nem pensei que fazia o meu estilo. Mas, como eu falei, ele me proporcionou muitas novas experiências.
Depois de nos recuperarmos daquela transa intensa, ele disse que brincaria comigo de um jeito diferente. Perguntou se eu aceitava e eu obviamente disse que sim, curiosa como estava. Ele disse que às vezes nos libertamos muito quando estamos presos e que o prazer pode surgir da dor. Combinamos que se eu sentisse qualquer desconforto deveria falar uma palavra de segurança, e então ele pararia o que quer que estivesse fazendo. A palavra era algum nome de fruta ou vegetal, mas nem importa: eu nunca precisei usar.
Ele começou vendando os meus olhos, o que já fez meu coração disparar e aguçou todos os meus sentidos. Eu estava nua e ele me beijou na boca, depois desceu até meus mamilos, fez círculos com a língua em minhas aréolas e então desceu mais, mordiscando minha barriga até chegar em minha virilha. Minha buceta latejava de excitação, desejando aquela boca me chupando.
Ele me chupou sim, mas bem pouco. Só para me atiçar ainda mais, percorreu toda a minha xota com a língua, se demorando no clitóris até ele ficar bem inchado. Parou bruscamente e disse que ainda não era hora.
Nesse momento ele algemou os meus pulsos, me puxou com força e me fez ficar em pé, na frente da cama. Mandou que eu me inclinasse sobre o colchão, empinando bem a bunda. Ele agarrou cada nádega com uma mão, me apertou e abaixou para me chupar mais um pouco. De novo, só pra me atiçar.
Alisou minha bunda suavemente e logo em seguida senti um golpe ardido acompanhado de um estalo bem alto: ele havia me batido com o cinto. Fui pega de surpresa e me esquivei um pouco, involuntariamente. “Doeu?” ele perguntou. Eu respondi que sim. “E foi ruim?” eu respondi que não.
“Ele apertou os dedos em minha garganta enquanto me comia com força”
Ele usou aquele cinto em mim mais algumas vezes; cada vez que eu sentia o couro em minha bunda o ardido da dor me proporcionava um prazer diferente e meu mel escorria mais um pouco. “Me come agora”, eu falei, não aguentando mais a necessidade de sentir seu pau dentro de mim.
Ele me comeu com fúria, por trás, batendo fundo em mim e me fazendo gritar. Minhas mãos algemadas, ele segurando meu cabelo e eu totalmente entregue. Presa, nunca me senti tão livre.
Subitamente, ele parou de me comer, me virou e me deitou na cama permanecendo em pé na minha frente. Tirou a venda dos meus olhos, colocou meus pés em seus ombros e disse que queria gozar assim, me olhando por inteira. Eu estava fora de mim, nem consegui responder, entende? Quando dei por mim estava sendo penetrada de novo, ele segurando minhas coxas, olhando nos meus olhos.
Perto de gozar, ele mudou um pouco a posição: abriu mais as minhas pernas, se inclinou um pouco sobre mim e colocou uma das mãos em meu pescoço. Arqueou a sobrancelha como se pedisse permissão e eu assenti, colocando minha mão sobre a dele e apertando seus dedos em minha garganta.
É difícil descrever o misto de angústia e prazer que me proporcionou. Ele não tirou a mão do meu pescoço e me comeu com força, enquanto me enforcava com uma delicadeza surpreendente. Eu não conseguia gritar de prazer, mas estava sentindo um orgasmo chegando. Então minha vista ficou meio borrada, meus pensamentos embaralhados e eu gozei, me contorcendo inteira e finalmente podendo gritar e gemer; ele tirou a mão do meu pescoço no momento exato.
Tão absorta em mim, quase não percebi que ele também chegou ao clímax naquele momento, sentindo (quase) tanto prazer quanto eu. Deitamo-nos os dois, nos recuperando, eu rindo e chorando com a intensidade do prazer.
Quando alguém compartilha um momento de tanta vulnerabilidade sua, vocês criam uma ligação muito particular e diferente. Exatamente o que criamos naquela noite. Eu via ternura e fome em seu olhar, o corpo cansado, mas querendo de novo.
Quanto a mim, passei a desejar ainda mais aquele homem.
Gostou desse conto? Então que tal encaminhar para alguma amiga que também vai sentir prazer ao ler?
Gosta desse tema?
Então talvez goste desse livro:
Esse livro - exatamente essa edição de romances da Folha de São Paulo - foi provavelmente o primeiro livro mais caliente que li na vida, quando ainda era com certeza nova demais para ter contato com tal material. Não poderia deixar de recomendá-lo aqui, é repleto de uma tensão sensual envolvente demais
E desse filme:
Um clássico é um clássico né? Eu acho que esse filme retrata bem como os casos extraconjugais podem ser instigantes, além de explorar a complexidade dessa relação múltipla.
Sobre a protagonista:
Prazer, Dona Eliza
“Me chamavam de Liz quando eu era nova. Agora, dona Eliza está bom. Minha mãe, toda pomposa naquele jeito dela, precisava me nomear Elizabete, só porque pra ela esse era um nome de rainha. Eu, de fato, sempre me senti uma rainha quando fazia de trono a cara dos meus amantes, sentada em seus lábios para que me dessem prazer.
[…]Toda a refinada e distinta educação, todos os contatos influentes ao redor do mundo, todas as possibilidades aos meus pés... e meu único desejo nesta vida era explorar os meus prazeres. Não posso dizer que nunca cogitei fugir, viver na clandestinidade, apenas para usufruir de certas liberdades. Entretanto, aprendi cedo que a única coisa que realmente nos liberta é o dinheiro. E isso, querido, eu tenho de sobra!”
As “Memórias da Dona Eliza” (aceito sugestões de nomes melhores) é uma série de contos sobre essa senhora fascinante que habita minha imaginação. Rica, poderosa, casada com um homem que nunca foi capaz de satisfazê-la na cama, dona Eliza explorou diversos prazeres em relações extraconjugais.
Algumas de suas histórias aconteceram quando era mais nova, como a de hoje, quando tinha por volta de seus 30 anos, porém alguns de seus casos picantes aconteceram já em idade mais madura, nos mostrando que a libido não tem prazo de validade.
Vamos criar um clima?
Vem conhecer minha playlist:
Criei essa playlist pensando nesses momentos calientes e sempre compartilho com minhas clientes. Segundo elas, a playlist funciona super!
É muito mais fácil evitar que a mente disperse durante o sexo (sabe aqueles pensamentos intrusivos - boleto, louça, pets?) quando o ambiente está aconchegante, envolvente e erótico. Uma boa playlist, com músicas que criam um climinha sensual, mas sem te distrair, é perfeita para te ajudar a se entregar ao momento e desfrutar dos prazeres.
O que você sentiu ao ler este conto? Deixe um comentário, tô doida pra saber!